quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Dois dias depois, você recebeu alta e sua mãe insistiu para que você ficasse uns dias com ela e seu pai. Você resistiu, mas acabou aceitando. Eu, também, dei uma forcinha para que você aceitasse ficar com seus pais. Você queria voltar logo para o trabalho e, na casa deles, era mais fácil conter você em casa.
Continuei trabalhando no escritório, naquela semana. Ligava pra você todos os dias e ficávamos um tempão conversando. Naquele final de semana, seus pais convidou-nos para passarmos o domingo juntos. Precisávamos acertar os detalhes do nosso noivado. A família do Alex, também, havia sido convidada. Ele e a Denise acharam ótima a idéia de Dona Isabel de oficializar as duas uniões no mesmo dia. Nós só não íamos casar no mesmo dia. Uma, você tinha pressa e a Dê queria esperar mais. Ela queria um casamento tradicional, na igreja, eu queria uma cerimônia mais informal, menos pomposa.
Duas semanas depois, seus pais recepcionaram a todos com um jantar magnífico. Alex e Denise reconfirmaram o compromisso que já tinham assumido no aniversário dela. E nós oficializamos o nosso noivado, com as alianças e champanhe, como queria minha irmã.
Eu continuava trabalhando no escritório. Contudo, meu amigo Carlos me apontou uma possibilidade. Eu gostei da idéia e comecei a trabalhar nela, a projetá-la, a desenvolvê-la. Nas minhas horas vagas, me debruçava em cima desse projeto.
Minha amiga Adriana, depois de uma longa viagem pela Europa, havia retornado. Estivera trabalhando e fazendo cursos pela empresa. Ela me ligou, querendo saber das novidades:
- E aí, amiga, já deu uns catas naquele cara que você estava paquerando? Ou já partiu pra outra?
- Nem te conto, Dri. Não parti pra outra, não.
- Então me conta. Deu uns catas nele?
- Estamos noivos, Dri.
- Não acredito! Parabéns! Me conta como rolou essa paixão?
- Foram tantos acontecimentos que nos envolveram... Pra começar, ele é filho do melhor amigo do meu chefe, lá no escritório.
Contei a ela como fomos nos envolvendo e nos apaixonando.
- E eu queria aproveitar para convidar você para ser minha madrinha.
- Camila, que lindo! Claro que aceito seu convite. Só tem um problema, eu vou ficar no país até o final do ano. No começo do ano que vem, vou ser transferida e trabalhar numa filial na Europa.
- Nossa, que chique! Mas fique tranquila, meu noivo tem pressa na nossa união.
- Em vez de ser você a ter pressa, ele é que é o apressado? Puxa, que amor!
- E você, como está seu relacionamento com o engenheiro de alimentos?
- Estamos bem. Ele, também, será transferido. Nós iremos morar juntos na Europa.
- Que bom. Que tal marcarmos um almoço ou jantar, para eu conhecer o seu engenheiro e para você conhecer o meu noivo?
- Legal, Mila. Vou combinar com ele e ligo pra você.
- Vou ficar esperando.
Naquela semana, saimos juntos para jantar. Diego, o engenheiro de alimentos era um homem de, aproximadamente, trinta anos e de poucas palavras. Você e eu não ficamos muito à vontade com ele. Já Adriana, era alegre e espontânea, gostava de falar e brincar, como a Bianca. Você a achou muito simpática e chegou a comentar que o cara não merecia a mulher que estava com ele.

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