quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Ontem, foi um dia atípico para mim. O fato de ter encontrado você, logo de manhã, poderia ter me deixado feliz. Contudo, você estava diferente. Preocupado com algo, talvez. Problemas. Mas quem não os têm? Procurei me concentrar só no meu trabalho.
Por volta das quinze horas, o Dr. Felício, sócio do Dr. Arnaldo, me chamou na sua sala e pediu-me para ir ao banco. Havia uma série de coisas a fazer e resolver na agência. Ele devia estar muito bem humorado, porque me dispensou de voltar ao escritório, quando saísse do banco.
Não demorei tanto quanto o Dr. Felício achou que demoraria. Eu procurei o Rodrigo, que é o meu vizinho e trabalha lá no banco. Ele agilizou tudo pra mim. O Rodrigo é meu coringa naquela agência. Quando vejo que as coisas vão ser complicadas e demoradas, eu procuro por ele.
Saindo de lá, liguei pra Adriana, minha melhor amiga, desde os tempos do colégio e marcamos de colocar as fofocas em dia. A Adriana é secretária executiva numa empresa multinacional de alimentos. Está sempre acompanhando o chefe em viagens internacionais, quando são fechados grandes negócios, ou quando ele vai palestrar para bem sucedidos empresários. Ela ganha muito bem, mas me disse que isso é, apenas, um detalhe para ela; o importante é que está fazendo o que gosta e sempre aprendendo sobre o mundo empresarial. Desde adolescente, ela queria ser uma executiva, uma mulher envolvida com negócios. E se derem chance a ela, vai crescer mais ainda na empresa.
Encontramo-nos em um barzinho, estilo 'pub' inglês (mas sem os hooligans). Ainda era cedo, estava tranquilo, pudemos conversar à vontade. Ela me contou que começou a namorar um engenheiro de alimentos, divorciado, e está muito feliz com ele. Contei-lhe do Gustavo, ou do pouco que sei dele. Levei um puxão de orelha da minha amiga:
- Camila, você é muito romântica! Daqui a pouco, você passa da idade de casar, de juntar as coisas, de morar junto, sei lá, e você ainda está com esses amores de criança. Você está a fim do cara? Abre o jogo, chega junto, dá uma intimada, cata o cara num canto. Se o cara não estiver a fim, você fica sabendo logo e parte pra outra. Não fica sofrendo sem saber se tem motivo, ou não.
- Dri, você é muito prática, sabe que nunca faria algo assim, por mais que tivesse vontade. Você sabe que sempre fui tímida com os meninos.
- Amiga, já está na hora de deixar essa timidez para trás. Na hora, não. Já passou da hora. Você é linda, está com tudo em cima, precisa acreditar mais em você e no seu poder de sedução, ser mais ousada, arriscar mais. Seja uma mulher de atitude, você vai ver que tudo vai mudar na sua vida.
A conversa com a Dri me balançou, fiquei pensando no assunto por muito tempo. Realmente, as coisas precisariam mudar. Mas, o quê? E como?

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